A Dama da Noite


A Dama da Noite sorri. Sua beleza malévola e secular levaria centenas de milhares de mortais ao desespero, mas ela jamais revelaria seu rosto a um mortal. Não, ela prefere o segredo. À sua frente, o cavaleiro encontra-se firmemente postado, impassível, os olhos tomados pelo infinito voltados para Elisium, para a morada do Senhor do Amanhecer.
Shar

"Diga-me, cavaleiro," - sua voz esgueira-se até os ouvidos do deus, o elmo refletindo a pálida bochecha da deusa "o que o nosso solzinho está fazendo agora?" A resposta é imediata e objetiva, enquanto os olhos de infinito do cavaleiro fitam o horizonte sem jamais desviarem-se e a palma de sua mão aponta para a morada do inadvertido deus.

As unhas negras deslizam sobre o peitoral da armadura do cavaleiro em um abraço que poderia ser mortal se assim a deusa o quisesse. "Bom trabalho, cavaleiro! Agora, mais uma pergunta..." sussurra a Donzela da Perda ao mesmo tempo que saboreia as próprias palavras. E as sombras voltam a tudo imergir em segredos.

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