A Fala do Mestre 12 - Notícias a Sammaster

Sammaster.

Meu senhor, Klauth foi derrotado!

O lich não podia crer no que ouvia.
Impossível!

Não, meu senhor, eu lhe asseguro que é possível e que foi feito em seu covil! As circunstâncias foram espetaculares, mas eu presenciei tudo.

O cultista secular não queria acreditar naquilo. Nada nas palavras de seu servo fazia sentido. O Velho Rosnado... morto?!

Tchazzar, já sabe disso?

Talvez, meu senhor. Tudo é possível quando se trata do deus-dragão.

Havia muito a se pensar, mas qualquer coisa capaz de matar Klauth em seu covil era digna da atenção de Sammaster.

E o covil?

Um dragão dourado o tomou.

Dourado? Isso não nos ajuda em nada.

O senhor do Culto do Dragão perscrutava sua mente em torno de todos os segredos possíveis. Aventureiros de tal porte faziam de Elminster Aummar um bufão de Cormyr. Isso não era bom. O Culto precisava de mais poder. Sammaster precisava de mais poder.

E as buscas?

Nossa última informação é que estava em Menzo antes dela ser invadida. Depois disso perdemos o rastro do artefato.

Servo estúpido. Se tivesse um coração, Sammaster diria que desejava de todo o seu coração matar aquele estúpido cultista que não lhe trazia nenhuma notícia de seu agrado. Aproximou-se do servo e, quando a morte dele parecia clara na imaginação do lich, uma ideia sobrepôs-se ao rio de sangue e a massa disforme de carne e ossos.

Muito bem, combateremos poder com poder. Avise aos líderes de todas as células que eles possuem até o final da dezena para estar aqui. E mande mensageiros aos mais poderosos. Eu quero Alasklerbanbastos, Aurgloroasa, Dretchroyaster e Xavarathimius. Avise-os de que há caçadores de dragão em busca de saquear seus tesouros e que nós localizamos os pretensos ladrões. Isso os fará vir o mais rápido possível.

Aqueles nomes causavam pavor no cultista que tudo ouvia e anotava. As ordens de Sammaster não deviam ser desconsideradas.

Quando o servo deixou sua câmara, Sammaster abriu seu grimoire. Não havia mais tempo. Detestava apressar seus planos, mas quem quer que fossem os tais aventureiros, seria tolice ignorar. Seus estudos astronômicos indicavam que o momento ainda não era propício. Ele ainda não tinha o poder de mover as estrelas.

Ergueu-se de uma vez, enfurecido. A cadeira foi arremessada contra a parede e reduzida a pedaços de madeira, o grimoire caiu ao chão pesadamente enquanto o lich gritava de fúria.

O servo batia à porta freneticamente clamando por seu senhor. Estava tão perto, Sammaster pensava. Foi quando olhou para o chão e os ventos da danação eterna folhearam o grimoire e mostraram-lhe o caminho. As órbitas onde deveriam estar seus olhos foram tomadas pelo mais sinistro brilho esverdeado.

Você, prepare a câmara sacrificial!

Ouviu passos se afastando apressadamente. Sim, é verdade que não sabia que inimigos eram esses, mas logo não importaria mais. Por que deter-se? Por que apegar-se a um corpo decrépito quando ainda podia ascender mais e mais. Sim, tomaria o próximo passo. Aquele que nem o infame Szass Tam teve coragem de tomar: Sammaster, o demilich!

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